quarta-feira, 6 de maio de 2015

SOCIEDADE ESPORTIVA PALMEIRAS: PASSIONE DE NONNO PARA NIPOTE



   Sou neto de italiano, meu avô materno, Seu Osvaldo, mais conhecido como "Vardo", embora nascido em Catanduva-SP é filho de um casal de italianos legítimos. Seu pai era de Nápoles, veio para cá adolescente, enquanto minha bisavó, uma siciliana, veio para cá ainda menina. Vardo desde jovem era um amante do futebol, e honrando suas origens, sempre torceu fervorosamente para o Palmeiras. Graças a ele (que é meu avô materno) e ao meu pai (que contrariou o pai que era santista) desde que aprendia minhas primeiras palavras já vinha sendo treinado para ser um grande torcedor do Palmeiras. No entanto, o que pesou para eu amar esse time foi ver, vivenciar e prestigiar os jogos, sobretudo aquela fase Parmalat que marcou a minha infância e ali eu sabia que esse amor era imutável. 
   Infelizmente, meu avô Osvaldo foi para o andar de cima em 2003, por mais que ainda tivesse fresco na memória as conquistas de 1999 e 2000, fatalmente a ultima visão que ele teve do nosso glorioso verdão foi o rebaixamento em 2002. Desde então, o time oscilou, elencos de medianos à medíocres, a parceria com a Traffic que havia sido o melhor momento até então, perdeu as forças, ganhamos um titulo da Copa do Brasil com algumas jóias no elenco, porém o elenco como um todo ainda tinha varias carências, mas acima de tudo, o maior vilão do Palmeiras ao longo desses anos foi a diretoria. Agora, apesar do quase rebaixamento no ano passado, finalmente um time que encheria os olhos do meu avô e os meus também, time raçudo, entrosado, com boas peças de reposição, a diretoria cumprindo o papel que a gente espera e um treinador aplicado, racional, sem problemas com o ego. Palestrinos, estamos no caminho certo, temos hoje o time que a tempos vinhamos desejando, pois nunca abandonamos o nosso verdão, tanto na A, quanto na B, com time montado pra vencer ou time montado pra não cair, estivemos lá, torcendo, vibrando e sofrendo, agora todas as nossas recentes frustrações valeram a pena, o time se reergueu, resta torcer para que a diretoria continue tendo lucidez para manter o nível e continuar com essa gestão que está sensacional. Mantenha o elenco, traga algumas peças para a zaga que é um setor um pouco carente, que essa rapaziada ainda vai nos dar muitas alegria.
   Lembro agora da Copa de 2010, a seleção alemã estava remontada, sem uma geração que antes era sua base, nomes como Schneider, Frings, Kahn, Lehmann, Ballack, Neuville. Se inovou e apresentou o melhor futebol da copa, mas caiu nas semi-finais diante da campeã Espanha, que nem sequer havia apresentado um futebol tão majestoso. Quatro anos depois, mantiveram quase todos os nomes do elenco, manteve o treinador e foram premiados com o mais que merecido título. Futebol é isso, é sequencia de um trabalho, o pontapé inicial está dado, e hoje temos a equipe com a melhor gestão do país, com um elenco que está entre os melhores. E olhando para um ano atras, esse vice campeonato tem sabor de título!
   Lá do céu, meu avô deve estar pensando o mesmo, ao lado das feras que vestiram nosso manto sagrado no passado, e Valdivia, Arouca, Raphael Marques, Leandro, Zé Roberto, Cleiton Xavier e cia fazem por merecer, são jogadores que demonstram vontade, raça e habilidade necessárias para serem dignos do nosso manto alviverde e nos levar de volta ao tão merecido caminho das glórias, caminho no qual jamais deveriamos ter desviado pois é onde o Palmeiras merece estar e onde certamente ele voltou pra ficar.

FERNANDO MOREIRA DA SILVA, VULGO BROIZ, DIRETO DA CANTINA TIROLESA

Um comentário:

Unknown disse...

Palmeiras é grande, nunca se esqueçam!